segunda-feira, março 11, 2013

Sociedade: Mil anos para as mulheres!


Sociedade


Dal Marcondes

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/mil-anos-para-as-mulheres/

Mil anos para as mulheres!

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Minha vida é cercada de mulheres. Em sua maioria pessoas fortes, cheias de vida e personalidade. A começar por minha mãe. Maria Bela é um farol que emana segurança e caráter. Minhas irmDalãs, as três, são a ternura de que me lembro. Cristina é o sonho, o charme, a insensatez e a liberdade. Adriana é a responsabilidade e a braveza em todos os sentidos do termo. Nira é a harmonia, a alegria e a ternura que fazem sorrir, sempre.
Minhas filhas são complementos: Alba é um presente que faz olhar o futuro com esperança. Alice é a certeza de que este futuro será construído de fato, e será um bom lugar para se viver.
Entre meus amores há um pouco de tudo, representado hoje por Ana Maria, que tudo agita e faz com que a vida se mova, sempre.
Agora, no Dia Internacional da Mulher, vamos ler muito sobre isto. Apenas espero que não seja mais com a visão romântica de que as mulheres são umas coitadinhas que carregam o mundo nas costas. Claro que há injustiças, e muitas. No entanto, há avanços a serem comemorados. O principal deles é o espaço que as mulheres estão ocupando no campo político. Temos uma mulher na Presidência da República, uma demonstração de que estão prontas para assumir responsabilidades que anos atrás eram impensáveis para quem não ostentasse aspecto de liderança viril.
A vida tem demonstrado que as mulheres chegaram a este século XXI muito mais bem preparadas para as incertezas e novos desafios que os homens. As meninas estão anos luz de seus contemporâneos masculinos nos quesitos liberdade, consciência e autoconhecimento. Enquanto as moças olham para cima e para a frente, grande parte dos rapazes se encolhe, se acovarda e busca abrigos que os protejam de um futuro incerto.
Há, entre os homens, um certo sentimento de “antigamente é que era bom”, quando sabiam seus papéis quase que por “herança genética”. Eram criados para trabalhar, pagar as contas e ter prioridade sobre o controle remoto da TV. Sabiam o que fazer, enquanto, na sua opinião, as mulheres deviam se dedicar a lavar, passar, cozinhar e cuidar das crianças. Bom, tudo mudou.
E agora rapazes? A festa não acabou, apenas mudou a música, agora elas trabalham, planejam, mandam e, talvez, sejam melhores que nós nisso. Elas dirigem, compram, pagam e opinam. Elas são mães e com este poder da vida entendem melhor a responsabilidade de deixar viver.
O mundo masculino é um mundo de exclusão, de força e de morte. O mundo feminino é de acolhimento e de vida. Qual tem mais a oferecer para o futuro? E não podemos nos equivocar, este mundo-mulher não é fraco, sua força não vem das armas, mas sim da legitimidade. Enquanto os homens se armam para enfrentar a pluralidade da vida, as múltiplas opiniões e a diversidade, as mulheres estão habituadas a mediar as disputas de seus homens sem deixar mágoas e construindo uniões.
Acredito que a Terra, planeta feminino, será melhor quanto mais as mulheres ocupem espaços de poder. Neste  Dia Internacional da Mulher faço uma aposta no futuro: que este seja o milênio da mulher. E no ano 3.000 voltaremos a ver se os homens podem voltar a merecer confiança.
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/mil-anos-para-as-mulheres/

quinta-feira, março 07, 2013

Atualidades... Informação...


As falhas da engrenagem

Por Luiz Antonio Cintra e Luiz Sérgio Guimarães
      

Descompasso. Ainda é mais barato importar do que produzir no Brasil. Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão Conteúdo
Descompasso. Ainda é mais barato importar do que produzir no Brasil. Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão Conteúdo
       Variável-chave da economia brasileira neste início de ano, o investimento produtivo patina com ligeiro viés de baixa. É tudo o que o Planalto não gostaria que acontecesse. Diante da escassez de dinheiro injetado na produção, a oferta de manufaturados é insuficiente para abastecer, sem gerar inflação, o prato da balança mais incentivado pelo governo nos últimos anos, o do consumo. Pelos riscos envolvidos, desfazer o nó do investimento virou questão de honra para a política econômica. E motivo de tensão nos gabinetes ministeriais, incluído o Banco Central.       
      Os números não deixam dúvidas. A taxa de investimento, registrada pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida dos dispêndios em máquinas, equipamentos e construção civil, caiu sem trégua nos cinco trimestres terminados em setembro passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado oficial sobre o último trimestre de 2012 não foi divulgado, mas se sabe que virá negativo. Os especialistas estimam uma queda na produção de até 1%. O índice do IBGE mais recente segue abaixo do nível de 2009 a 2011. No longo prazo, a tendência também é negativa. Chegou a 19,5% do PIB em 2010, o melhor resultado da série iniciada em 1995, desceu a 19,3% no ano seguinte e fechou em 18,4% no fim do terceiro trimestre de 2012. Um desempenho lamentável. O sinal inequívoco da fase ruim para a produção industrial, a despeito do consumo, é que ainda é mais lucrativo importar manufaturados em vez de fabricá-los aqui.
          Velha conhecida dos especialistas, a competitividade reduzida da indústria instalada no País fez o Brasil perder espaço internacional. Entre 2005 e 2011, a fatia das exportações de manufaturados made in Brazil encolheu de 0,85% para 0,73% do total comercializado no mundo. Em sentido contrário, as importações foram de 0,72% para 1,3%, segundo pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Iedi). O déficit comercial dos manufaturados é de cerca de 100 bilhões de dólares anuais.
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/as-falhas-da-engrenagem/

quarta-feira, março 06, 2013

Redação Nota 10 Fuvest "Sonhar é preciso"


TEMA: TUDO VALE A PENA
SE A ALMA NÃO É PEQUENA (Fernando Pessoa)

Aos alunos do PRÉ-VESTIBULAR Impávido 2013

Sonhar é preciso
“Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser humano, um sebastianista louco, vislumbrando o Quinto Império; um navegador ancorado no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’; e um obscuro D. Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente, investe contra seus inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio.
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem um sentido épico da existência, que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna.
É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que nossos barcos não cheguem a parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.
O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e saudáveis, soletrando o abecedário. Um passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e cristãos, brincando de roda em Beirute ou na Palestina.
E os vestibulandos, todos, de um país chamado Brasil, convocados a darem o melhor de si no curso superior que escolheram.
Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor, mas convicto de que nada vale a pena, se a alma é mesquinha e pequena.”

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Obrigado.
Gladston Augusto.